quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Kimaera: Dois mundos - Livro

Esta é minha primeira resenha sobre livros, tentarei falar um pouco sobre ele, apesar de nem saber por onde começar.... Eu gosto de ler livros, leio devagar, normalmente visualizo cada cena em minha cabeça e as vezes até imagino cenas aleatórias que poderiam acontecer naquele momento se fosse comigo, fazendo com que demore para ler os livros. Não sou adepta a leitura dinâmica exatamente por isso, gosto de passar horas vendo aquelas folhas brancas com letrinhas me divertindo imaginando as cenas, as reações de personagens, etc. Em minha mente normalmente se passa em dois aspectos: como se fossem quadrinhos, dependendo da cena descrita pelo escritor, ou em forma de cenas de filme, imaginando tudo em terceira pessoa mesmo que o livro esteja em primeira. É uma mania que eu tenho, talvez influencia dos mangás que leio desde sempre, e que também demoro para ler, isso se não for o desenhista de Elfen Lied, que dai eu nem paro para apreciar cada cena, senão terei um AVC só de olhar um olho na testa...

desculpem, divaguei aqui...

CAHAN!

Esse é o primeiro volume de dois da série de Helena Gomes, que já escreveu outros livros e espero ter oportunidade de lê-los mais pra frente.


História 

Transcrevendo a sinopse do livro:

Em um mundo desértico, Ytsar, uma jovem escrava, luta contra a opressão dos clãs. Em um mundo gélido, Aleph, um jovem guerreiro, luta contra a tirania dos batalhões.
Em suas jornadas, Ytsar e Aleph irão descobrir uma profecia sobre a volta de uma era de justiça e bondade. Também irão descobrir que, para concretizar essa profecia, deverão se unir - mesmo que para isso precisem cruzar a barreira que separa seus mundos.
 
Basicamente é isso que o livro nos trás em sua descrição. Falando um pouco mais, a história demonstra dois mundos diferentes e distintos entre si, tanto em seu clima quando em suas leis, culturas e povo, mas tão ligado um ao outro quanto pareça. No inicio nos é demonstrado cada mundo, sendo o de Ytsar um lugar quente, com clãs patriarcais, guerras e escravidão, e medo constante de que o líder opressor Chediak invada suas terras e tomem a todos como seus escravos. A garota é uma escrava que serve seu patriarca por obrigação, mas quer que sua vida mude, desejando sair daquela condição de escrava que foi forçada desde que seu clã foi atacado.

Enquanto no mundo de Aleph, o garoto que recebeu anistia e agora presta serviços ao pelotão do tirano Goliah, a quem ele odeia, precisa aprender a conviver em sociedade, principalmente junto com os grelas do tirano. Rebelde, vive criando confusões e sendo castigado por suas desobediências, até conhecer uma garota e se apaixonando por ela e com quem tem uma filha, e agora precisa ser um bom pai para sustentar sua nova família, assim como tentar evitar com que o tirano descubra o que realmente o rapaz representa a ele.

Com duas vidas tão distintas e tão longe um do outro, Ytsar e Aleph possuem uma ligação extremamente forte, se ajudando mutualmente, principalmente quando eles precisam de apoio para suportar todos os baques que a vida lhes traz, e levando a um destino que os ambos nem imaginam que pode acontecer.
 
Minha opinião

O livro é bem escrito, ele mostra dois mundo distintos sem se perder na sua escrita. A leitura é fluida e rica em detalhes, e os personagens são muito bem construídos, muitas vezes a gente se pega querendo ler mais um pouquinho para saber o que irá acontecer, afinal, tudo é muito instigante. A gente sente raiva de alguns personagens, outros temos vontade de estar lá ao lado para aguentar o tranco. A autora ainda toca em temas polêmicos como homossexualidade, violência e abuso sexual em cada mundo, mostrando como cada tema é tratado entre as civilizações, assim como a liberdade sexual  do mundo de Aleph não afetar nenhum dos sexo, em contrapartida mostrando subjugação no mundo de Ytsar, coisas pequenas que alguns podem se chocar, mas que não está longe de ser realidade.

É um ótimo livro brasileiro de fantasia medieval que eu recomendo para todos. Sério, leia!


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