domingo, 19 de janeiro de 2014

Sugestão de Personagem para RPG - Galatea Dumoulin

Estou trazendo uma postagem totalmente diferente hoje. A ideia é apresentar um histórico de personagem para RPG. Não tem ficha montada ou coisa do tipo, mas para quem tem dificuldades para criar históricos para personagens, e aproveitando que eu adoro escrever muitos históricos, mas nunca consigo usa-los nos jogos, estarei postando de vez em quando os históricos de minhas personagens. Como sou mulher a minha tendencia é criar personagens femininas, mas nada que não possa ser adaptado para qualquer outro tipo de personagem.

A primeira é uma personagem que pode ser templária, guerreira ou paladina, dependendo do sistema que você estará jogando.

Há duas versões do texto, o resumido para colocar no histórico e o completo para entender a personagem e como ela pensa.

Nome: Galatea Dumoulin
Raça: Humana
Idade: 20 anos

Nasci e cresci na nobreza. Sou filha de um templário que foi o braço direito do rei de Arishedina com uma sacerdotisa do templo do deus da Justiça. Desde cedo aprendi os costumes da corte, estudei sobre governo, deuses, reinos aliados e inimigos, como me comportar em um evento promovido pela nobreza, como conversar, interagir e se vestir adequadamente, mas como filha de um homem de espada, meu destino era seguir seu caminho e substituí-lo quando ele falecesse.

Aprendi a brandir uma espada longa, a golpear e defender-me em campo de batalha, aprendi táticas de guerra, estratégias, medicina e logo me destaquei entre aquelas crianças que treinavam comigo, todos eram como eu: filhos de nobres ou soldados do rei, preparando-se para defender o reinado quando completassem 15 anos. Todos humanos, bem alimentados, com as melhores roupas e equipamentos que o dinheiro poderia comprar.

Gostava de usar minha mão esquerda para brandir a enorme espada, era uma grande dificuldade, mas o desafio de fazer isso somente com uma mão era o que me motivava a criar um estilo de combate. Assim que completei 15 anos, fui escalada para o batalhão dos Guerreiros Iluminados, onde começaria minha carreira como templária. Aprendi a lutar encima dos cavalos, aprendi a lutar com pouca armadura, e tudo o que sabia era colocando em prática sem nenhum instrutor por perto. Era diferente de todos ali por brandir perfeitamente uma espada longa com a mão esquerda.

Mas essa era a única coisa que eu realmente fiz porque queria, porque tudo o que eu tive foi imposto pelos meus pais e pela própria sociedade em que eu vivia. Nunca saí para conhecer o reino sozinha, normalmente meu pai ou algum instrutor me levava para conhecer algumas partes da cidade, e sempre que viajávamos para outras localidades, nossas carruagens eram cobertas quando passávamos pela cidade, alegando que era para nossa segurança, evitando com que houvesse ataques contra nossa vida.

Aos 20 anos houve um atrito contra um reino e fomos convocados para uma luta, pois os reis se desentenderam e queriam medir suas forças. Foi nessa luta que, ferida, fugi para a floresta antes que me matassem. Não sei por quanto tempo andei, nem sei se havia alguém me seguindo, mas após meu desmaio, acordei em uma cabana em meio a um pântano. Uma mulher cuidava de meus ferimentos, uma senhora humana com rugas no rosto e cabelos grisalhos. Perguntei porque ela me ajudou e simplesmente respondeu que a floresta não queria que eu morresse. Não entendi o que ela quis dizer, mas ela me explicou que meu destino não era morrer ali, que meu destino era outro totalmente diferente daquele que eu imaginava ter, pedi para explicar mais, mas ela me silenciou dizendo que eu não posso contrariar o destino, nem mesmo questioná-lo.


Ela era estranha, mas simpática e boazinha o suficiente para curar meu ferimento, que por pouco não infeccionou e seria obrigada a amputar a perna. Um mês depois do ataque, disse que iria recompensá-la com o que ela queria, mas negou qualquer coisa, e pediu para seguir uma estrada que me levaria de volta para casa. Confiante na simpática senhora, segui o caminho, e notei o quão longe eu estava. Passei dois dias caminhando dentro da floresta, enfrentando alguns animais selvagens que tentaram me atacar, até encontrar com uma criança de aproximadamente 4 anos de idade sozinha.

Quando me aproximei, ela reagiu de forma agressiva e reparei como ela era: um menino de cabelos brancos, pele negra e orelhas pontudas. Ele era um elfo negro. Li sobre eles em alguns livros e saquei a arma, olhei ao redor imaginando se era algum tipo de emboscada, mas nada aconteceu além do menino começar a chorar. Aproximei-me e o chamei, ele não respondia, mas estava passivo. Não deixaria a criança sozinha, peguei-a no colo, e apesar de alguma resistência, ele cedeu aos meus braços e o levei. Após quatro dias consegui encontrar a estrada e em uma semana de viagem, chegamos ao reino. Todos estavam animados com minha volta, mas se estranharam com o menino. Meu pai mandou abandoná-lo, e minha mãe pediu para doa-lo ao centro de crianças abandonadas do reino, pois eu não poderia ficar com ele. Tinha me apegado ao menino durante minha viagem de volta para casa, foi por pouco tempo, mas o suficiente para que eu ganhasse sua confiança e criarmos um laço entre nós.

Após muita briga, o meu instrutor explicou que o menino possuía uma doença complicada e que morreria logo, pois não há cura para ela. Era uma doença provocada pelo excesso de magia, normalmente acometia filhos de magos ou gente que resolvia mexer com forças que não conhecia. Era comum essas crianças possuírem marcas azuis ou brancas em seus corpos em forma de linhas e com o passar dos anos, sofrer em agonia por dores que elas provocam. Todos insistiram para abandoná-lo antes que eu sofresse quando ele morresse, já que era filho de gente que mexia com magia, ele estava condenado desde seu nascimento.

Nisso, abandonei minha cidade e segui com o menino, que chamei de Johan, atrás de uma cura para sua doença. Não aprendi tudo o que aprendi para ficar defendendo uma pessoa que já tem milhares de soldados. Agora eu finalmente encontrei minha verdadeira motivação, encontrei algo que eu realmente quero fazer por mim mesma. Abandonei uma vida confortável com comida boa, um teto para dormir e segurança para seguir em um mundo perigoso, violento e desconhecido para salvar a vida de uma criança que me considera como sua mãe.


Versão Resumida:

Uma garota que nasceu na nobreza. Seu pai era um templário que trabalhava para o rei e sua mãe uma sacerdotisa do deus da justiça. Ela aprendeu a lutar com uma espada longa, e por teimosia, usava somente a mão esquerda para brandi-la. Ela seguiria os passos do pai depois que ele morresse.

Aprendeu tudo o que pode sobre os reinos, táticas militares e como se comportar com os nobres. Nunca teve contato com outros que não fosse de sua classe social. Entrou para o grupo chamado Guerreiros Iluminados, o clã de templários de seu pai, e aos 20 anos participou de sua primeira batalha contra um reino. Quase morreu, mas escapou correndo para a floresta e foi salva por uma mulher velha, que cuidou de seu ferimento na perna e disse algo sobre o destino dela ser outro.

Quando estava no caminho de volta para casa, encontrou um menino drow e o adotou. Chegou em casa e todos hostilizaram o garoto, até ela descobrir que ele tinha uma doença que acometia filhos daqueles que exageravam no uso da magia. Ela não quis abandonar o garoto, pois ela o considerava um filho e ele a considerava como mãe.

Largou tudo para trás para ir em busca da cura para a doença de seu filho, e não vai desistir por nada desse mundo.
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Penultima imagem: http://digital-fantasy.deviantart.com/
Ultima imagem: http://peterprime.deviantart.com/art/Gentle-Paladin-313507207

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