sábado, 22 de outubro de 2011

Steampunk e Cyberpunk em RPG?

Ultimamente, como deu para ver em posts anteriores, estou jogando RPG de mesa. Digamos que as histórias de RPG acaba caindo sempre no mundo medieval e fantástico. Não importa, se falou a palavra Roler Playing Game, a imagem que vem em nossa mente acaba sendo essa:


Gosto muito desse tipo de história, é bem fantasiosa e divertida, seja ela uma história simples de salvar o mundo do mal, uma história que coisas boas acontece, ou historias trágicas aonde evitar algo de ruim aconteça não é só obrigação. Mas e se a gente estiver enjoados de jogar com o estilo medieval? Digamos que temos outras alternativas de rpg, sejam elas em um mundo aonde você está em escolas de magias, lutas contra outro ninjas, vivendo na pele de um vampiro ou lobisomem, sobreviver a uma horda de zumbis, etc, mas um tipo de mundo que eu acho muito interessante mesmo é o Steampunk e o Cyberpunk. De onde vem esses generos? Bem, temos o gereno Sci-fi, correto? O Sci-fi classico sofre uma bifurcação resultando no Cyberpunk (futuro tecnologicamente avansadissimo, porem moralmente pobre, coisa que, infelizmente, estamos perto de presenciar) e o estilo Steampunk (bem esse daqui agente precisaria de um novo tempo verbal para descrever, seria algo como futuro do passado, mas acreditem, isso é possível! Basicamente uma neo revolução industrial todavia focado em tecnologia de ponta com os seus vapores e engrenagens)


Focando inicialmente no Cyberpunk, pois esse já possui até mesmo sistema para ser jogado. O mundo Cyberpunk é aquele bem conhecido, com andróides, ciborges, tecnologia a um ponto que os humanos acabam por quase serem substituidos por ela. O livro é Cyberpunk 2020, e não cheguei ainda a ler direito ou testa-lo para dizer algo sobre ele, mas está ai para quem se interessar. Mas focando no mundo mesmo, o Cyberpunk é um lugar aonde envolve muita tecnologia, porém, com um baixo custo de vida, em que um certo ponto, pode haver conflito entre o que é real e o que é virtual. Algumas obras que abrange esse tema pode ser o famoso anime Ghost in the Shell, o livro Neuromancer, de Willian Gisbon, filmes como Matrix, etc. A maioria do povo que vive nesse mundo acaba sendo marginalizados, por conta da mudança radical do sistema social e da cultura, o que pode quebrar o mundo utópico de vida eterna e boa, e isso se dá devido ao dilema enfrentado: sou um humano ou robô? O que me diferencia das maquinas? Onde foi parar a minha alma? Basicamente é um conflito de identidade que a sociedade passa perante sua própria criação, algo genialmente explicado em Ghost in The Shell, onde a protagonista, Motoko Kusanagi, vive um eterno dilema a respeito do Eu Sou interno. Com isso grupos radicais tentam se livrar das maquinas e restaurar a humanidade, outros se rendem totalmente e viram cyborgs, outros conseguem achar o meio termo. Exceto no caso dos que mataram o seu lado humano, todas as outras partes vive esse eterno questionamento interno. Mas o estilo cyberpunk não é apenas dilemas existenciais ou crises de identidade, é também muita ação! Imagina que os casos de hackers se tornaram normais, ao ponto deles serem divididos em uma escala de graus de perigo, por você ter vários implantes no corpo, seu cérebro pode ser hackeado, assim como você adquirir um corpo robótico e sair fazendo coisas loucas, como assaltar bancos, pular de predio em predio, correr mais que um carro, ser soldados perfeitos que já enxerga tudo como uma maquina atraves de implantes nos olhos. Dá para criar muita coisa legal, todavia, extremamente técnica, algo que provavelmente só será apreciado por Geeks, devido ao grau de complexidade que deve ser entendido a cerca de robótica, lógica, linguagem binária e informática, funcionamento neural, entre outros. Mas uma vez encontrado um mestre com um patamar de conhecimento tamanho para mestrar algo do genero, com certeza muitos vão querer sair implantando braços robóticos depois das seções de RPG. Particularmente esse é o estilo favorito da Steam Wing (ainda que ela se chame de Steam Wing) ela é totalmente apaixonada por essas coisas, e inclusive recomenda uma overdose de Masamune Shirow antes de começar a jogar esse sistema. Está a par de tudo de Ghost in The Shell, Vexille, Apple Seed é um bom começo, depois desses pode assistir Ergo Proxy e Technolyze. Com essas animações já da para ter milhões de ideias das mais variáveis possíveis para fazer um excelente RPG Cyberpunk.


Como deu para perceber, o mundo desse estilo é bem complexo tecnologicamente, e talvez dificil de serem trabalhados, pois pode haver muitos pontos que precisam ser interligados e dar sentindo. Em um RPG, esse é um elemento importante: ligar os pontos, sem deixar as coisas sem sentido ou soltos, ah não ser que nesse ultimo, deseje dar um mistério e continuação para a história. O costume de usar sempre a espada para resolver os conflitos pode não funcionar nesse mundo, já que aqui, muitas vezes, a inteligência, a manipulação de dados é muito mais importante aqui, assim como a resistência e a proteção fica por conta dos andróides, robôs, corpos cibernéticos e armas pesadas.
Alias, acho que não estamos longe para viver uma dessas realidades, se observamos as coisas que estão sendo criadas ultimamente, assim como podem conferir na matéria de nosso outro blog, o quão já estamos avançando!

Engrenagens! Fumaça! Vapor! O estilo Steampunk! Há alguns livros de RPG que usa esse estilo para seu sistema, mas não cheguei a lê-los, alguns que posso citar são Deadlands, Falkenstein e Dragonmech. O Steampunk é um subgênero da ficção cientifica, na qual a realidade alternativa tem grande seu visual baseado dos séculos passados, exatamente por volta do século XIX, a denominada Era Vitoriana, onde há de observar que o costume da época continua, mas o grande diferencial, é a tecnologia. Apesar do século real não conter tudo o que temos hoje, talvez nem mesmo um terço da nossa atual tecnologia, no mundo Steampunk, ela avançou de uma maneira que encontramos, mesmo de forma rústica, grandes avanços científicos e tecnológicos.
A origem desse termo é recente, criado em meados dos ano 80, seguindo obras de ficção cientifica de autores como Julio Verne, H. G. Wells,Mary Shelley e Mark Twain.
Uma das características mais marcante desse gênero, além do estilo Vitoriano dado as roupas, casas, objetos e a própria tecnologia, é o uso das engrenagens e dos vapores, daí o nome Steam, vapor, em inglês.
Vindo como uma subdivisão do gênero Sci-fi, pode-se notar a cibernetização em um mundo antigo. O motor a vapor é o mais explorado, deixando a eletricidade em segundo plano. Aqui tudo é afetado, desde a própria sociedade como a ciência, criando vários objetos tanto para uso militar quanto para uso civil, notando assim, a variedade de coisas que podem ser feitas usando somente algumas porcas e engrenagens.


Algumas obras que abarcam esse estilo são: Fullmetal Alchemist, o filme Steamboy e Wild Wild West, a série o Mundo Perdido, etc.
Acho que esse mundo pode ser adaptado até mesmo em histórias medievais, ao invés da referida Era Vitoriana, mas sendo um subgenero do sci-fi, é adaptável a qualquer mundo antigo, convenhamos. Posso até dizer que é um cyberpunk medieval, pelo tipo de tecnologia que se prega nele.
O que eu quero dizer com tudo isso? Simplesmente que há muitas formas de exploração de mundos que podemos fazer com o que a gente possui: tecnologia. Assim, como há muitas formas de se contar uma mesma história em vários pontos e várias formas, com várias coisas diferentes.
Mas o que se pode fazer de diferente com essas historias? Bem, aqui a questão vai de pessoa para pessoa, mas é uma boa ver como esses avanços tecnológicos, seja numa era mais medieval como no futuro fez toda uma civilização mudar, os benefícios e malefícios que se criou, pois nem tudo é mil maravilhas em um mundo assim, pois ainda existem pessoas, e sabemos que isso pode ser um problema, pela ganância, orgulho, intolerância, etc, além da mudança que ocorre na própria natureza pela interferência do homem e da necessidade da tecnologia, fazendo uma ótima trama.
Ta aí uma dica do malagueta, seja para RPG, seja para qualquer outra coisa, desenhos, histórias, quadrinhos.

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